A província da Huíla possui uma área de 79.022 km2 e conta com catorze municípios: Quilengues, Lubango, Humpata, Chibia, Quipungo, Caluquembe, Caconda, Chicomba, Cacula, Matala, Jamba, Chipindo, Cuvango e Gambos. A capital da província é a cidade do Lubango.

Quase toda a província encontra-se localizada na zona de clima alternadamente húmido e seco das regiões intertropicais. O clima é em geral quente ou tropical (com uma temperatura média anual de 20°C), mas nas áreas de maior altitude pode ser classificado como temperado, como por exemplo na Humpata, Tchivinguiro, Lubango, Cuvango, Quipungo e Caconda. A população é essencialmente originária dos grupos etnolinguísticos Nyaneka-Nkhumnbi, Umbundo, Nganguela, Tchokwe e Herero. A população dedica-se essencialmente à pecuária e agricultura.

A língua nacional mais falada na província é o Olynyaneca-Nkumbi. O umbundo também é falado com frequência. Os primeiros contactos dos europeus com a região dão-se no ano de 1627. Por volta de 1880 os bóeres tentaram estabelecer os primeiros assentamentos na Humpata. Em 1885 foi fundada a colónia de Sá da Bandeira por emigrantes da Madeira.

A 2 de Dezembro de 1901 foi fundado o distrito da Huíla, como consequência da divisão do distrito de Moçâmedes, de que fazia parte até então. A capital era a vila de Sá da Bandeira, elevada a cidade a 31 de Março de 1923 quando a linha férrea chegou ao planalto central.

O acesso a província por via aérea é através do aeroporto da Mucanca, que recebe diariamente aeronaves das companhias comerciais nacionais. Há ainda as pistas na Jamba, Caluquembe e Matala com capacidade para aeronaves de pequeno porte, que fazem a ligação com o interior da província.

Os acessos rodoviários que ligam a província ao resto do país têm sofrido obras de reabilitação, fazem ligação directa com as províncias fronteiriças do Namibe, Huambo, Benguela e Cunene.

A província da Huíla é das mais importantes do país devido, fundamentalmente, aos seus recursos naturais e as amostras da cultura local. Eis os mais conhecidos:

Fenda da Tundavala – fenda monumental que proporciona ao visitante uma vista panorâmica que se estende ao Namibe e um avistado da parte alta do Lubango.

Serra da Leba – descortina-se no percurso para o Namibe. A estrada que acompanha o "zigue-zague" da serra faz lembrar uma serpente e é sem dúvida um dos postais da província e do país.

Miradouro da Boca da Humpata – fica a caminho do Namibe.

Fenda do Alto Bambi – Barragem das Neves.

Monumento Cristo Rei – localiza-se na Ponta do Lubango. Inaugurado em 1950, levou cinco anos a ser concluído. No interior do monumento existe um miradouro de onde se contempla a cidade do Lubango.

Antigo Palácio do Governo – construído em 1887, alberga hoje a sede do Governo da Província.

Em termos de arquitectura religiosa, há a mencionar a Catedral da Sé situada no centro do Lubango, data de 1939. A Igreja da Missão da Huíla, de 1880, é uma das mais antigas da província, a Igreja de Tchivinguiro, de 1892 e a Igreja de Quihita, concluída em 1894.

Barracões – nele se abrigavam os fundadores da cidade. É onde estão enterrados os fundadores da Huíla, construído entre 1884 e 1885.

Parque Nacional do Bicuar – foi estabelecido como reserva de caça em 1938 e transformado em parque nacional em 1964 a fim de preservar as espécies existentes na zona, entre as quais se destacam o elefante, o leão, a palanca e o búfalo.

Reserva Florestal de Guelengue e Dongo – possui uma extensão de 1.200 km2 e é limitada pelos rios Chicusse, Cunene, Cusso, Cussava e Chissanda. Nestas reservas de savanas e miombos existem várias construções religiosas e fortificações históricas, algumas datadas do séc. XVII.

Antiga Estação do Caminho-de-ferro – construída entre 1905 e 1923, é um local de interesse turístico (arquitectura colonial), assim como o edifício Hamilton Lopes que data de 1895.

Fortaleza de Caconda – esta fortificação foi construída em 1682 e é o mais antigo monumento do património histórico da Huíla.

Há ainda uma série de edifícios típicos de arquitectura colonial que importa mencionar, como a Universidade Mandume Ya Ndemufayo (ex. Liceu Diogo Cão), o Colégio Paula Franssinete – construído pelas irmãs Doroteia em 1938, a Escola Tchivinguiro de matriz agrícola, e a casa da família Almeida.

Cascata da Huíla – situada a saída do Lubango em direcção ao Cunene, é uma cascata pequena, mas muito bela. É um destino popular para piqueniques e banhos.

Praça 1º de Maio – situa-se no centro da cidade, com um jardim bastante acolhedor.

Os pratos típicos são o leite azedo com pirão de milho, calulú de peixe seco ou fresco, muamba de dendém e kizaca (folha de mandioca refogada). Para além da gastronomia típica poderá encontrar gastronomia diversa nos empreendimentos turísticos, restaurantes e bares da cidade do Lubango.

Durante todo o mês de Agosto comemoram-se as festas da Nossa Senhora do Monte, com diversas actividades. Se destacam a missa do dia 15 de Agosto (dia da cidade do Lubango) e a corrida de automóveis no dia do encerramento. Nessa altura, realiza-se também a Feira Agropecuária.

Nos lagos do Quipungo, do Tchivinguiro e da Arimba, é possível a prática da pesca, navegação com barco à vela e a natação.

Casper Lodge
Nossa Senhora do Monte
Contacto: 261 225 015

Hotel Serra da Chela
Dr. Agostinho Neto, Lubango
Contacto: 930 970 878